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"O Regresso" - teatro do Oitavo Ano

Teatro do 8º ano 

Autores: Catarina, Melina, Miriam e Pedro.


Enredo: 1º dia de aula depois da Pandemia. Alunos retornam às aulas no colégio Elite. Uma pessoa não está presente: Melina está morando no Japão. Surge um grupo mundial de rebeldes: algumas pessoas pegaram o coronavírus e não se curam, mas também não morrem. Prometem espalhar a doença. No colégio, garotos se protegem desse grupo e, de repente, aparece um anão misterioso.

 

 

***O Regresso***

 

Personagens:

(personagens fictícios)

Catarina:

Daniel:

Melina:

Miriam:

Pedro:

Alberto Roberto: hipocondríaco

Beatriz: médica da escola

Cleitinho: depois da pandemia, apresenta sintomas de hipocondria. Acha que vai pegar a doença.

Mika: melhor amiga de Melina no Japão

Anão: personagem misterioso

Carol: diretora do colégio Elite

Bruna: professora

 

 

 

 

 

Local:

Colégio Elite, São Paulo.

 

 

CENA 1

 

7h00 da manhã. Alunos começam a chegar no colégio Elite. 1º dia de aula pós-pandemia. O dia está bastante frio. Está chovendo e se ouvem os trovões.

 

CAROL:

Bom dia, alunos queridos! Sejam bem-vindos novamente ao colégio. Teremos cuidados especiais para o nosso bom convívio. Todos os alunos passarão por medição de temperatura ao entrarem na escola, passarão álcool em gel nas mãos e usarão máscaras.

 

Todos os alunos ficam apreensivos com essas novas regras. Acham que tudo está muito rígido.

 

DANIEL:

É muita coisa... Daremos conta?

 

CAROL:

Sim, entendemos vocês. Parece difícil no início, mas logo vamos nos acostumar. É para o bem de todos.

 

BRUNA:

Sim, gente, logo vocês se acostumam. Basta começar. E vai ser divertido...

 

CENA 2

 

Melina está no Japão. Depois de uma semana do início das aulas, Miriam faz um telefonema para Melina:

 

MIRIAM:

Oi, Mel, como vai no Japão?

 

MELINA:

As coisas não estão nada fáceis...

 

MIRIAM (em tom de preocupação):

Por que, Mel? O que está acontecendo?

 

MELINA:

Por enquanto fiz apenas uma amizade. Minha amiga japonesa se chama Mika. Ela tem 15 anos e é muito fofa. Tem os olhos e cabelos pretos. Estudamos na mesma escola, e ela é a única que me apoia. Mas ela não ri. Diz que é algo do tempo de recém-nascida. Uma velha senhora japonesa disse que, quando ela risse, tudo acabaria em final feliz. Mas até hoje ela não riu.

 

MIRIAM:

Que estranho! Mas como assim a única que te apoia? Você tem passado alguma dificuldade?

 

MELINA:

Como eu não domino muito bem a língua japonesa, as pessoas aqui brincam comigo por causa disso.

 

MIRIAM:

Mas que tipo de brincadeira fazem com você?

 

MELINA:

É bullying...

 

MIRIAM (em tom de surpresa):

Não acredito! Como assim?

 

MELINA:

Eles debocham do meu modo de falar, da minha entonação das palavras, etc.

 

MIRIAM:

Não liga para eles! Você ainda tem a Mika e a mim como amigas.

 

MELINA:

Disso eu tenho certeza... Mas está difícil... O pior de tudo: eles não gostam de brasileiros...

 

 

 

 

CENA 3

Entra Cleitinho.  

 

CLEITINHO:

Preciso de álcool-gel e muitas máscaras. Trocar mais de cinco vezes por dia.

 

ALBERTO ROBERTO:

Acalme-se. Já é possível dizer que a pandemia chegou ao fim!

 

CLEITINHO:

Como? Ainda há gente sendo infectada?

 

ALBERTO ROBERTO:

Sim, mas a taxa de infecção já caiu muito em todos os países. Isso é necessário para se acabar com uma pandemia.

 

CLEITINHO:

Não confio em estatísticas. Confio apenas no meu álcool-gel e nas minhas máscaras.

 

Entra Pedro, segurando seu Iphone 11

 

PEDRO:

Pessoal, acabei de ler uma mensagem enviada por um amigo. Os Estados Unidos foram atacados por um grupo de seres piores que o corona-vírus.

 

CATARINA:

O quê? Como assim?

 

PEDRO:

Não sei dizer mais do que isso. São as únicas informações no momento. Meu celular está sem sinal.

 

Todos pegam o celular para verificar o sinal da rede.

 

DANIEL:

O meu também está sem sinal.

 

MIRIAM:

O meu também...

 

PEDRO:

Sei que parece inacreditável, mas acho que estamos diante de um ataque de...

 

CATARINA:

Ataque de quê? Você realmente acredita nessas notícias sensacionalistas?

 

PEDRO:

Pode parecer incrível, mas é um ataque de zumbis...

 

DANIEL:

Você deve estar brincando! Acha que estamos em um filme de Hollywood?

 

PEDRO:

Sei que parece absurdo... Mas não são zumbis como nos cinemas. São pessoas que foram infectadas pelo coronavírus. E que...

 

DANIEL:

Não vai dizer que são pessoas que morreram e voltaram a viver como zumbis?

 

PEDRO:

Claro que não... Isso seria coisa de cinema. São pessoas que foram infectadas e que não conseguiram cura. Não sararam depois dos 15 dias da doença. Continuam doentes para sempre e foram expulsas do hospital. O governo não tinha como pagar o tratamento infinito delas, e muitas famílias também não tinham dinheiro para manter os doentes no hospital. É muito cara a internação...

 

CATARINA:

E agora essas pessoas infectadas estão soltas por aí?

 

PEDRO:

Sim. E organizaram-se em grupos de revolta. Estão culpando os governos por não terem feito nada de efetivo contra o coronavírus. São grupos de revoltados que crescem muito...

 

DANIEL:

Precisamos nos proteger. E se eles vierem ao colégio?

 

PEDRO:

Não tenho certeza, mas parece haver um desses grupos no bairro do colégio...

 

 

CENA 4

Tentando ajudar Melina

 

 

MIRIAM:

Gente, estou tentando há muito tempo, mas agora consegui sinal no celular. Estou ligando para a Melina pelo Whatsapp.

 

CATARINA:

Sim, diga a ela que sentimos saudade. Vamos trazê-la de volta!

 

Alberto Roberto espirra.

 

CLEITINHO:

Gente, vou pegar o coronavírus. O vírus pode estar no colégio. Não estou bem.

 

DANIEL:

Sossega. Há coisas mais importantes para resolver agora do que suas ilusões...

 

ALBERTO ROBERTO:

Vamos nos acalmar...

 

CLEITINHO:

Acho que vou desfalecer...

 

PEDRO:

Vou levá-lo à enfermaria. A doutora Beatriz cuidará dele.

 

Pedro e Cleitinho saem.

 

MIRIAM: ao celular

Mel, você precisa ser forte agora. Já abri uma conta em um site de financiamento coletivo, a famosa vaquinha. Vamos conseguir o dinheiro para te resgatar.

 

MELINA ligação começa a falhar:

Mi.... Não sei .... agradecer... espera... (ouvem-se gritos na escola de Melina) Alguma coisa.... acontecendo.... terrível.... bichos.... monstr.... Cuidado, Mika! (muito barulho de gritaria)

(fim da ligação)

 

MIRIAM:

Acho que algo aconteceu no Japão... E isso deve estar chegando aqui...

 

PEDRO:

Vamos nos proteger. Sigam-me!

 

 

 

 

CENA 5

Toca o interfone da escola. Daniel vai até a portaria para atender.


DANIEL:

Alô?

 

ANÃO:

Me deixem entrar.

 

DANIEL:

Não consigo ver. Quem fala?

 

ANÃO:

Movimente a câmera para baixo.

 

Nesse momento chegam Alberto Roberto, Cleitinho e Pedro.

 

ALBERTO ROBERTO:

O que está acontecendo?

 

DANIEL:

É um anão. Parece misterioso. Acho que ele quer entrar.

 

PEDRO:

Não deixem de maneira nenhuma! Foi o que ouvimos. Grupos infectados querem contagiar o máximo possível de gente. Ele pode ser um “zumbi”.

 

ALBERTO ROBERTO:

Bobagem! Isso não existe. Mesmo assim, vou até o portão. Vou expulsá-lo!

 

Alberto Roberto vai até o portão. Abra uma pequena janela para falar de longe com o anão.

 

ALBERTO ROBERTO: diz para o anão:

Vá embora! Não há lugar para mais ninguém aqui. Há perigo de contágio.

 

Anão não se retira. Passam cinco minutos e ele toca novamente o interfone.

 

ANÃO:

Me deixem entrar. Eu posso recompensá-los grandemente. Eu não fui tocado pelo vírus. Não contraí nenhuma doença.

 

Cleitinho vai até a janela e fala com o anão:

 

CLEITINHO:

Lamentamos muito, mas se você entrar outros vão querer entrar também. Não podemos correr esse risco. Por favor, vá!

 

Anão permanece imóvel no mesmo lugar. Depois de cinco minutos, toca o interfone de novo.

 

DANIEL:

Eu vou resolver isso, e é agora mesmo!

 

Daniel vai sozinho até o portão:

 

DANIEL:

Como posso te ajudar, amigo?

 

ANÃO:

Percebi desde o início que você é quem tem mais personalidade aqui. Me deixe entrar.

 

DANIEL:

Quero que o senhor me entenda. O mundo todo está passando por um ataque do grupo dos infectados. Como eu poderia deixar você entrar? Nós não o conhecemos.

 

ANÃO:

Eu trago a...

 

Nesse momento, Pedro grita de longe:

 

PEDRO:

Estamos perdidos. A cidade de São Paulo está inteira em lockdown. Os “zumbis” atacaram a prefeitura e estão se espalhando rapidamente.

 

Começa-se a ouvir de longe do colégio gritos de muitas pessoas.

 

PEDRO:

Esses gritos são dos zumbis. Eles estão se aproximando. Se descobrirem que essa escola está cheia de gente saudável, vão querer entrar. Daniel, para dentro, já! Fecha tudo!

 

DANIEL:

Anão, você ouviu. Temos que fechar tudo. Não podemos levantar suspeitas.

 

ANÃO:

Mas e se eu saísse e contasse para os zumbis que vocês estão aí dentro?

 

DANIEL:

Você não iria fazer isso, pois é uma boa pessoa.

 

ANÃO:

Eu tenho um segredo... Que pode ser bem útil a vocês.

 

DANIEL:

Uma imagem contendo neve, verde, vestindo, esqui

Descrição gerada automaticamenteQue segredo é esse?

 

ANÃO:

Eu sou um leprechaun...  

 

DANIEL:

Os leprechauns conhecem as localizações de tesouros escondidos....

 

ANÃO:

Sim, então você conhece a história...

 

DANIEL:

Olhe, entre. Não deixe ninguém ver. Eles estão todos na quadra de futebol.

 

Daniel esconde o Leprechaun na sala de aula mais próxima da portaria. Leprechaun começa a falar com Daniel.

 

 

 

 

CENA 6

 

No Japão

 

MELINA:

Eu vou embora, meus amigos vão conseguir comprar a passagem.

 

MIKA:

Está tudo fechado. Os aeroportos, as cidades. Não há voos.

 

MELINA:

Algo me diz que eu vou conseguir...

 

MIKA:

Como?

 

MELINA:

Eu tenho bons amigos... Eles... Eles conseguem tudo...

 

MIKA:

Me leve com você.

 

MELINA:

Eu não abandono os amigos...

 

 

 

CENA 7

 

Na quadra de futebol

 

DANIEL:

Catarina, eu preciso falar com você

 

CATARINA:

O que é, Daniel?

 

DANIEL:

Acho que encontrei a solução para nossos problemas. Tenho um leprechaun escondido na escola...

 

CATARINA:

O quê?

 

DANIEL:

Não há tempo para explicar. Mas os leprechauns conseguem fazer tudo...

 

CATARINA:

Então traga a Melina de volta!

 

 

CENA 8

 

Os zumbis descobrem que há gente saudável no colégio Elite.

Começam um ataque.

Alunos conseguem encontrar o antídoto contra zumbis. Havia um cadáver zumbi nas redondezas e alunos tiraram o sangue dele. Alberto Roberto que era perito em biologia, consegue elaborar um antídoto contra zumbis a partir do sangue do zumbi morto.

 

Daniel fala a sós com Leprechaun

 

DANIEL:

Tivemos muita sorte em encontrar aquele antídoto. Acho que foi você que fez isso.

 

LEPRECHAUN

Não digo que não...

 

DANIEL:

Você pode nos trazer uma amiga de volta? Ela está no Japão...

 

LEPRECHAUN:

Eu tenho aqui essa moeda. Ele sempre volta à bolsa, mesmo depois de gasta.

 

DANIEL:

E o que eu farei com uma moeda, anão?

 

LEPRECHAUN:

Veja é de ouro maciço!

 

DANIEL:

Mas...

 

LEPRECHAUN:

Só falo uma coisa. Ninguém mais pode tocar nessa moeda, a não ser você...

 

Daniel sai sem ouvir essa última recomendação do anão.

Ele vai até a quadra com a moeda à mostra.

 

ALBERTO ROBERTO:

Que moeda é essa?

 

DANIEL:

É assim que traremos Melina de volta.

 

ALBERTO ROBERTO:

Me deixe ver isso... Ela brilha demais... Nunca vi algo assim.

 

Todos os alunos ali ficam curiosos e querem ver a moeda.

Alberto Roberto toca a moeda. Nesse momento, ocorre algo incrível.

A moeda gruda em sua mão.

Outras pessoas começam a gritar, dizendo que Alberto Roberto iria roubar a moeda.

Todos os que tocam em Alberto Roberto ficam grudados também nele.

De repente, um grupo de 10 pessoas passa a andar sempre grudado por causa da moeda.

Daniel volta à sala do Leprechaun.

 

 

DANIEL:

Por que você está rindo, anão?

 

LEPRECHAUN:

Eu avisei...

 

DANIEL:

Não importa... Só traga Melina de volta, por favor.

 

Anão estala os dedos.

Melina e Mika aparecem na sala.

 

MELINA:

Eu sabia que eles conseguiriam!

 

MIKA:

Onde estamos?

 

MELINA:

Na minha escola no Brasil.

 

MIKA:

Quem é esse senhor baixinho de roupa verde?

 

Nesse instante o Leprechaun some.

Catarina e Miriam aparecem.

 

MIRIAM:

Melina, não acredito! Você voltou!

 

MELINA:

Miriam, minha amiga! Tudo isso não passou de um sonho ruim...

Veja, essa é minha amiga, Mika.

 

Miriam fala em japonês com Mika.

Miriam, Melina e Mika ficam longamente conversando em japonês.

 

CATARINA:

A novidade é que aquelas pessoas não conseguem se desgrudar. É bom não chegar perto delas.

 

Mika começa a rir muito vendo aquelas pessoas andando confusamente em grupo.

 

 

FIM











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